Caminhava tranquilamente no paredão de uma das praias que mais gosto, atenta aos sons, aos cheiros, à brisa... às vozes...
- Quando escuto "não estou feliz no trabalho"
- Continuei a caminhar e por momentos, fez-se silêncio interior e refleti por uns instantes no que acabara de ouvir...
- Quantas pessoas estarão agora a dizer para si mesmas "olha, também sinto o mesmo..."
- Quantas, acordam sem vontade de ir para o trabalho?
- Quantas, se questionam porque fazem o que fazem?
- Quantas, procuram a energia e o entusiasmo perdidos?
...
Por diferentes motivos, há uma elevada percentagem de seres humanos como eu e como tu, que se encontram abaixo do seu potencial e que estão insatisfeitos com o que fazem profissionalmente...
- Ou porque o que fazem já não é desafiante...
- Ou porque o que fazem já não os preenche...
- Ou porque o ambiente de trabalho é pouco amigável...
- Ou porque o superior hierárquico se rege por valores completamente diferentes...
- Ou porque a empresa está em crise e as incertezas são uma constante...
- Ou porque interiormente há um conflito permanente (carreira vs família, ou outro)...
- Ou porque simplesmente, já não gostam do que fazem...
- Ou apenas ficam com dúvidas existenciais na cabeça...
Enfim, várias situações e emoções, como frustração, desgaste, cansaço, apatia, podem surgir.
No entanto, quando começamos a questionar, é um ótimo sinal, significa que há um despertar, uma tomada de consciência que abre novas possibilidades de ação.
Já acompanhei vários clientes em processos de coaching com algumas destas situações e estou a lembrar-me de um caso, no qual a cliente tinha regressado de licença de maternidade e a relação com "a chefe", como ela dizia, era "insustentável"... Ficava transtornada de todo. Parecia "deitar fumo" por todo o lado...
E, com este estado emocional, concorria desenfreadamente a anúncios de emprego, e até conseguia ir a algumas entrevistas... Mas, na verdade, com este estado emocional, as entrevistas nunca corriam como esperado e o desespero aumentava...
Nem sempre é possível dizer "não" ao emprego atual, "só" porque não nos sentimos bem.
Há várias implicações que carecem de atenção e cautela, quer a nível emocional, quer material.
No entanto, é possível gerir o estado emocional de outra forma para que, depois então, com o estado emocional certo, com outra clareza e com outros recursos, os resultados possam ser diferentes e melhores.
Como por exemplo:
- clarificar o propósito profissional e o que os respetivos "motores", ou seja, os valores em contexto profissional
- iniciar a procura de novas oportunidades de trabalho ou "refinar" a que já estava em curso, com otimismo e confiança
- ter a conversa certa, com a pessoa certa, no momento certo, abordando os temas "quentes", de forma tranquila, segura e assertiva
- reenquadrar o que fazemos, recriando a função ou os projetos em que estamos envolvidos
- aceitar o momento e compreender que é apenas temporário, pode ser apenas uma distorção da realidade
- entre outros...
Em muitos casos este tem sido o momento de parar, analisar, mudar de registo e agir.
E ao parar, o primeiro passo é mesmo conheceres-te melhor a ti próprio(a).
- O que é que te move? Será o dinheiro que recebes no final do mês, ou será a realização do trabalho que fazes? Fazes o que fazes, com que significado?
- O que te leva a agires como ages? O que será que influencia o teu comportamento e qual o impacto que tem nos outros?
- O que sabes e do que é que és capaz (competências, experiências, recursos)?
Se sentes que é o momento de parar e olhar para ti, lê atentamente as questões que estão para trás.
Tranquilamente, responde e toma consciência das sensações que emergem.
Se queres ir ainda mais longe e fazer um caminho estruturado, vem conhecer o nosso programa de coaching e contacta-nos (info@ownrising.pt) para mais esclarecimentos ou marca já a tua primeira sessão através do formulário.
Até breve
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